Potência maior de módulos que a potência do inversor, pode?

Fala galera, tudo massa?
Diversas vezes, ao cotar um kit em que a potência dos painéis é maior que a potência do inversor, fica a dúvida: pode ou não pode?
Colocar mais potência de painel do que de inversor é chamado de Overloading ou Oversizing.
Esses termos significam colocar uma potência de módulos acima do inversor, ou seja, instalar 20kWp de potência painel e 15kWp de inversor por exemplo, o famoso sobredimensionamento.
Cada fabricante disponibiliza no Datasheet do inversor a capacidade máxima que aquele inversor suporta de oversizing. Até aqui, tudo bem?
Para entendermos melhor esses termos, vamos iniciar explicando a curva de geração de energia solar versus as horas do dia.

Sabemos que a irradiação solar em determinada localidade se comporta de maneira diferente em função da hora do dia, do clima e da localidade.
No início da manhã, ao nascer do sol temos pouca irradiação, e, ao longo do dia, essa irradiação aumenta, tendo seu valor máximo próximo do meio dia, e depois disso ela começa a cair até o sol se pôr.
Olha essa imagem aqui para entendermos melhor. Por volta das 06h, a irradiância é de aproximadamente 0 W/m2, às 08:30 corresponde a 500 W/m, meio dia é o ápice, com 1000 W/m2, e posteriormente tem o decaimento, tendendo a 0 por volta de 18h.
E o clima, conforme foi mencionado, é um fator determinante para quantificação da irradiação.
E se você não sabia disso, sugiro aprender mais por AQUI, valerá muito a pena, eu prometo!

Podemos observar que o valor da irradiância é menor em dias nublados e tem o estado crítico em dias chuvosos, mesmo assim existe irradiância, logo há produção de energia mesmo em dias chuvosos.
Diante desses conceitos, podemos adentrar no overloading do sistema fotovoltaico.
Supondo dois microinversores com potência total de 2400W e 8 módulos de 300 W,as duas potências estão equivalentes, com 2400W de microinversor e 2400W de painel.
Porém, os módulos não vão entregar os 2400W ao micro devido às perdas de energia, temperatura, posição do sol, orientação geográfica do arranjo Fotovoltaico, sujeira e sombreamento.

E a curva de injeção de energia do micro será uma parábola, tendo um pouco de injeção no início da manhã, e em algum momento do dia o micro inversor conseguirá injetar a potência máxima, próximo do meio dia no sol a pino, (podendo entregar até 2400W).
Quando é dimensionado uma quantidade maior de módulos, essa curva de injeção tende ser mais achatada, ou seja, a quantidade de energia entregue no início da manhã será maior (pois tem mais módulo para gerar energia), no sol a pico a geração continuará máxima (porém limitado a entrega de 2400W) e no final da tarde a injeção de energia será maior também (pois tem mais módulos que no primeiro cenário).
Nesta imagem, podemos visualizar uma produção maior de energia, representada por essa área laranja. Porém, o inversor não vai injetar mais que sua capacidade nominal (2400W).

Haverá um ganho na produção de energia antes do sol a pico, logo o inversor conseguirá injetar por mais tempo a produção máxima de energia durante o período do dia.
Essa limitação da capacidade nominal de injeção de energia, é conhecida como “clipping” que nada mais é que o corte do topo do gráfico acima, limitando a potência injetada em 100%.
Sabendo disso, é vantajoso a utilização do sobredimensionamento do sistema fotovoltaico em relação ao inversor?
A resposta é: depende.
Temos dois gráficos abaixo: o primeiro demonstra claramente que temos um ganho de produção de energia em dias em que a radiação solar não estiver favorável.

Já o segundo gráfico, com boas condições meteorológicas, temos um ganho de energia, que seria a potência de injeção adicional (área em verde do gráfico), esse ganho de energia deve ser superior a área de potência não injetada (área em cinza do gráfico).

Dessa forma, teremos uma relação favorável em se tratando de sobredimensionamento do sistema.
Aqui na regra é: A quantidade de energia que vamos ganhar pela manhã e pela tarde tem que ser maior que a quantidade de energia que vamos deixar de gerar quando o micro inversor atingir sua potência máxima.
Em conclusão, o sobredimensionamento é muito utilizado, e, para ser aplicado corretamente, devemos colocar na balança o custo benefício e se a produção de energia da potência adicional será maior que a energia perdida pelo efeito clipping.
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